Abordamos o tratamento para estrias e informação de como evitar, prevenir ou mesmo acabar com as estrias. Produtos de tratamento para estrias, como cremes caseiros ou à venda no mercado. Como evitar estrias durante gravidez.


terça-feira, 17 de maio de 2011

Estrias - Fisiopatologia e tratamentos

As estrias são definidas como atrofias cutâneas lineares que se formam quando a tensão do tecido provoca uma lesão do conectivo dérmico, ocasionando uma dilaceração das malhas. A perda da elasticidade e da compactação ocasiona precisamente uma lesão. É muito comum seu surgimento no sexo feminino, principalmente durante a puberdade, em decorrência do crescimento acelerado e no início da fase adulta podendo ser devido à obesidade ou por uma gravidez (MACEDO apud SANTOS e SIMÕES, 2004).
As estrias são causadas por uma atrofia tegumentar adquirida de aspecto linear, algo sinuosa de um ou mais milímetros de largura, perpendicularmente às linhas de fenda da pele, indicando um desequilíbrio elástico localizado, portanto, uma lesão da pele. São ditas atróficas, pois são causadas pela ruptura das fibras colágenas e elásticas da pele e, muitas vezes, com perda da coloração no local. Frequentemente são observadas em indivíduos obesos, durante a gravidez, em conexão com a síndrome de Cushing ou em pacientes tratados com corticóides (TOSCHI, 2004).
As estrias são desencadeadas por um conjunto de factores que não podem ser avaliados isoladamente. Kede classifica estes factores em três grupos: factores mecânicos, factores bioquímicos e predisposição genética. Os estrogênios causas elevação da taxa de ácido hialurônico, de condroitinossulfatos e de corticóides fluorados tornando a pele mais susceptível a trações cutâneas. (KEDE, 2004).
O surgimento dos sintomas iniciais são variáveis, sendo que os primeiros sinais clínicos podem ser caracterizados por: prurido, dor (em alguns casos) e erupção papular 2/3 plana e levemente eritematosa (rosada). As estrias são denominadas nessa fase inicial de rubras (striae rubrae). Na fase seguinte, onde o processo de formação já está praticamente estabelecido, as lesões tornam-se esbranquiçadas, quase nacaradas, sendo denominadas nessa fase de estria Alba (striae albae). Suas formas são variadas, podendo ser rectilíneas, curvilíneas, em S ou em ziguezague e a extensão pode variar de um a dois centímetros, podendo chegar até uns cinco centímetros de largura. A cor, normalmente, é caracterizada de acordo com o período de instauração: quanto mais avermelhadas, mais recentes; e quanto mais esbranquiçadas, mais antigas (GUIRRO E GUIRRO, 2004).
A estria evolui clinicamente em estágios semelhante à formação de uma cicatriz. As lesões iniciais são activas, caracterizadas por eritema e nenhuma aparente depressão de sua superfície. Gradualmente a cor vai diminuindo e as lesões ficam mais claras que a pele normal. É possível que a aparência inicial, com hiperemia e edema seja decorrente de respostas inflamatórias associada à vasodilatação que vai progressivamente diminuindo, dando lugar a uma lesão atrófica (TOSCHI, 2004).
Quanto à localização das estrias, pode-se observar uma incidência maior nas regiões que apresentam alterações teciduais como glúteos, seios, abdômen, coxas, região lombosacral (comum em homens), podendo ocorrer também em regiões pouco comuns, como fossa poplítea, tórax, região ilíaca, antebraço, porção anterior do cotovelo (GUIRRO E GUIRRO, 2004).
Actualmente encontramos técnicas efectivas e seguras no tratamento tanto das estrias eritematosas quanto das estrias albas. Ainda que os resultados por vezes não alcancem um total desaparecimento das lesões (KEDE E SABATOVICH, 2004). Várias formulações terapêuticas têm sido testadas para o tratamento das estrias atróficas, onde os resultados não são unânimes, tampouco conclusivos (GUIRRO E GUIRRO, 2002), não contribuindo para melhores resultados e satisfação dos pacientes (AZULAY E AZULAY, 1999).
Vários são os princípios ativos para o tratamento de estrias. Para Kede e Sabatovich (2004) e Azulay e Azulay (1999), no tratamento das estrias devemos considerar a abordagem terapêutica para estrias recentes e eritematosas e para as estrias albas e tardias. Por vezes, elas encontram-se em fases diversas de evolução necessitando de terapêuticas combinadas. Todos os autores mostram algumas terapêuticas utilizadas para o tratamento das estrias como: a electroterapia, a massagem, o laser, a dermoabrasão superficial e a terapia medicamentosa.